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Compostagem Empresarial: É possível?

Pouco se fala ainda em Compostagem Empresarial em instituições de saúde. Para transportar os resíduos orgânicos e promover a compostagem fora do estabelecimento gerador é necessário investimento alto em coleta e na maior parte das vezes este tipo de projeto não segue em frente pela falta de "coragem" dos dirigentes em disponibilizarem recursos para isso.

Entretanto uma boa notícia para os desbravadores e para aqueles que querem quebrar paradigmas: já é possível realizar a compostagem intra-unidade eliminando custos com transporte dos resíduos orgânicos, através da implementação de um sistema no próprio estabelecimento.

Entretanto este é um processo que demanda a disponibilização de espaço para a instalação dos equipamentos necessários e a implantação de um manejo adequado para que o processo corra dentro dos padrões de segurança e qualidade.


A ONG Morada da Floresta liderada pelo Diretor Claudio Espínola desenvolveu um mecanismo simples, que não gera consumo de energia, mas que consegue transformar os restos de vegetais e frutas em adubo de boa qualidade.

A Compostagem Empresarial desenvolvida pela Morada da Floresta consiste na instalação de minhocários modulares e/ou sistemas de compostagem em alambrados ou leiras com capacidade para compostar e transformar em fertilizantes naturais grandes volumes de resíduos orgânicos, provenientes tanto das atividades industriais do ramo alimentício quanto de refeitórios para funcionários. O processo é todo desenvolvido com recipientes plásticos fechados e adaptados para a promoção do ciclo da compostagem. E tudo isso sem a geração odores fortes ao ambiente. A empresa oferece, além da instalação do sistema, capacitação dos funcionários encarregados pelo manejo dos resíduos e assessoria para logística do fluxo de insumos e subprodutos da compostagem. Além disso a ONG pode desenvolver atividades relacionadas à conscientização e educação ambiental para clientes, fornecedores, funcionários e seus familiares.

O município de São Paulo está sendo pioneiro no incentivo a compostagem doméstica e empresarial mas é preciso que, dentro de instituições de saúde, o programa seja validado pelas áreas de Engenharia e CCIH (Centro de Controle de Infecção Hospitalar).

Para aquelas instituições que preferem não trabalhar com o sistema de vermi-compostagem já existe a tecnologia denominada bio otimização, que consiste na transformação dos resíduos orgânicos através de produtos de base natural (enzimas) em compostos ou fertilizantes orgânicos. Estes últimos podem ser utilizados em praças, jardins ou hortas para fertilização das plantas.

A empresa responsável por implementar este tipo de tecnologia é a LOCAVIA - Gerenciamento de Resíduos, liderada pelo Engenheiro Agrônomo Rui Signori e que já conta com projetos desenvolvidos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.




No BH Shopping, localizado em Belo Horizonte, para que o projeto tivesse êxito foram implementadas diversas ações concomitantes no ano de 2014.

O primeiro passo foi o levantamento dos tipos de resíduos gerados e as quantidades médias descartadas nas praças de alimentação. Após esta a fase de diagnóstico o Shopping aprovou o projeto e recebeu a Unidade Compacta de Tratamento de Resíduos Orgânicos (UCTR).

Conheça abaixo as principais etapas de implantação e operação do sistema:

1ª etapa - Instalação da UCTR;
2ª etapa - Treinamento teórico e prático da equipe de liderança e operacional;
3ª etapa - Balanceamento do processo: realização de testes para a equalização dos equipamentos e enzimas utilizadas no processo de acordo com as peculiaridades e variedades dos resíduos orgânicos gerados no empreendimento;
4ª etapa - Teste de aplicabilidade do composto orgânico nos jardins;
5ª etapa - Divulgação do Projeto junto aos lojistas e as partes interessadas.





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